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Ẹ káàbọ̀

BEM VINDES

Com base na oralitura yorubá, especificamente nos conceitos de Orí e Àyànmọ́ e correlatos, acredito que todos os seres humanos nascem com um propósito. Em verdade, defendo que cada ser humano em si-mesmo é um propósito, na medida em que este propósito está inscrito em seus corpos (ara) e em suas cabeças (orí). Decorre dessa proposição a conclusão de que realizar esse pré-destino ou propósito previamente estabelecido, segundo a tradição em tela, é realizar a si-mesmo.
Portanto, a busca pela realização de si-mesmo ou do propósito (àyànmọ́) é o que possibilita a cada sujeito da espécie humana, independente do gênero, da classe social, da preferência sexual, da cor da pele ou de qualquer característica acidental, desenvolver/ter uma vida boa ou feliz. Dando um passo à frente, defendo que a busca pela realização de si-mesmo, a partir dessa leitura, já é a posse (ou realização) de uma vida boa ou feliz.

 

(Olùkọ́ Bàbá Ọ̀nà Oosatúnmise Adisá)

Sobre

Nossa história não é de hoje !

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Meu nome é Ò̩nà, me chamam assim, Caminho, entre outros nomes. Sou fruto de ìpàdé kan ìta méjì, um encontro entre dois caminhos: meu pai, minha mãe. Eu nasci nesse cruzamento, sou filho dessa encruzilhada.  Nela fiz minha morada. Oríta ni ilé mi, (a encruzilhada é a minha casa). Mas isso não é um privilégio meu. Todas as pessoas são filhas de um cruzamento, ainda que nenhuma delas esteja aqui. Aqui, somente eu.
Desde muito cedo, sou movido por uma grande paixão pelo conhecimento. Um profundo e irresistível desejo de saber todas as coisas. Toda criança, acredito, em algum momento, tem alguma fantasia ou expressa o desejo de ser algo quando crescer. Eu, desde que me lembro, dizia que queria ser sábio. Lá onde fui criado, a forma como aprendi a ver e viver a vida, ser sábio é ser um ancião. Ancião, agbalagba ou simplesmente agba na língua yorùbá é o que chamam no Brasil de “preto velho”. Esta figura era o que eu desejava ser quando crescesse:

Alguém que tinha as respostas para todas as questões da humanidade. Aquele que, desde tempos imemoriais, promovia costumeiramente a educação através da transmissão oral das tradições e valores culturais do povo.

Sempre desejei ser do bem, fazer o bem, ser sábio. Não há nada de errado nesses desejos. O meu erro (induzido por esta Sociedade colonizadora na qual fomos criados) foi ter como referência de bem e sabedoria algo exterior à minha cultura, consequentemente, exterior a mim. Vivi à margem da minha história durante boa parte da minha vida, esse foi o meu erro. Assim, esse esse estudo que faço e compartilho é um retorno ao útero ancestral e recoloca a minha cultura como meu centro de referência. É uma profunda restauração. A partir dele eu posso pensar e projetar o ser sábio e bom, posso desejar novamente ser preto velho. Retornar ao útero, lugar de conforto, também me ajuda a perceber que meus ancestrais não eram um bando de animais sub-humanos, portanto “escravizáveis”, que viviam a esmo num canto qualquer da África. Eram homens e mulheres, jovens e saudáveis, pessoas portadoras de sabedoria que me deixaram como herança uma rica e milenar cultura.

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Yorùbá Cultura e Língua

Longe de ser um curso de idiomas, o curso caminha na direção de trazer à tona a cultura do povo yorùbá, a partir de um estudo etimológico e morfológico das palavras. Busca também, através de contação de histórias, mostrar o real sentido dos verbetes ou frases que são trabalhadas em aula.

Filosofia Africana

O curso introdutório de filosofia tem como propósito compartilhar alguns conceitos construídos a partir da cultura tradicional yorùbá, preservada e transmitida de boca em boca (atẹnudẹnu) pelos anciãos (àgbàlágbà). Essa proposta tem como vocação nos deslocar do centro euro-americano de referência, no qual somos formados e nos lançar no desafio de pensar uma filosofia brasileira a partir de um referencial africano.

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